Os novos livros que encomendei já estão aqui fazendo fila na minha mesa! Para mim a leitura 0nline jamais vai substituir a leitura real, ter o volume nas mãos, o toque, o virar das páginas neste primeiro encontro, o cheiro delicioso de livro novo! De todos estes autores, só conheço Thomas Bernhard, do qual já li "Árvores Abatidas", "O Náufrago", "O Sobrinho de Wittgenstein", "Perturbação" e "Extinção", nessa ordem. Este escritor me atrai muitíssimo... sua narrativa é perturbadora, inquietante, muitas vezes estranha e difícil, mas é uma experiência incrível! Recortei uma frase dele: "Sou sempre o encrenqueiro, a cada momento, em cada linha que escrevo." Pretendo falar um pouco sobre a minha experiência de leitura de Thomas Bernhard qualquer dia destes...
"O Imitador de Vozes", de Thomas Bernhard, Companhia das Letras.Para quem conhece a obra do escritor e dramaturgo austríaco, o procedimento é até certo ponto familiar: em romances como O náufrago e Extinção, a repetição de descrições e opiniões dos personagens, a nomeação exaustiva e obsessiva de fatores históricos e coletivos parecem ser a única forma de dar conta do desconforto no mundo. Mas, se nesses livros o sentido era obtido por meio da ênfase, daquilo que é dito muito mais que mostrado, "O imitador de vozes" se guia por um acúmulo mais horizontal e variado de situações, uma sucessão desconcertante de incêndios, enforcamentos, desastres naturais, excursões turísticas mal-sucedidas, brigas por heranças e toda sorte de fatos patéticos contados por narradores que misturam espanto e ironia nas frestas de um registro falsamente neutro. Ao final, o conjunto acaba apontando para os tradicionais alvos de Bernhard: a sociedade regida pelas aparências, sob as quais se esconde a memória de um tempo caracterizado por catástrofes políticas e sociais, na qual pouco resta ao homem além da consciência e da revolta contra sua própria condição limitada, mesquinha, muitas vezes ridícula. (Resenha Saraiva). Clique AQUI para ler resenha na Veja on-line e trecho do livro.
"Origem", de Thomas Bernhard, Companhia das Letras.
A causa, O porão, A respiração, O frio e Uma criança. São esses relatos autobiográficos reunidos em edição integral. Marcado por uma infância e uma adolescência de extrema dificuldade, Bernhard jamais conheceu o pai e teve uma relação bastante conflituosa com a mãe. Criado pelo avô - escritor anarquista, seu mestre e mentor para toda a vida -, freqüentou internato e viveu o terror e a miséria da guerra em Salzburgo. Bernhard acabou por abandonar o ginásio para ser aprendiz de comerciante e também para se dedicar ao estudo da música, uma de suas paixões. Mas o feliz interlúdio terminou abruptamente quando uma gripe mal-curada degenerou numa grave doença pulmonar. À beira da morte, Bernhard passaria boa parte da adolescência em hospitais e sanatórios, decidido a sobreviver. Clique AQUI para ler Resenha na Veja on-line e trecho do livro.
"O Andar do Bêbado - Como o Acaso Determina Nossas Vidas", de Leonard Mlodinow, Jorge Zahar.Não estamos preparados para lidar com o aleatório – e, por isso, não percebemos o quanto o acaso interfere em nossas vidas. Citando exemplos e pesquisas presentes em todos os âmbitos da vida, do mercado financeiro aos esportes, de Hollywood à medicina, Mlodinow apresenta de forma divertida e curiosa as ferramentas necessárias para identificar os indícios do acaso. Como resultado, nos ajuda a fazer escolhas mais acertadas e a conviver melhor com fatores que não podemos controlar. Prepare-se para colocar em xeque algumas certezas sobre o funcionamento do mundo e para perceber que muitas coisas são tão previsíveis quanto o próximo passo de um bêbado depois de uma noitada.. (Resenha Saraiva) Leia reportagem e trecho do livro AQUI na Veja.
"A Euforia Perpétua - Ensaio Sobre o Dever de Felicidade", de Pascal Bruckner, Editora Difel.
Neste livro, o filósofo Pascal Bruckner analisa as várias modalidades de busca da felicidade que reinaram e ainda reinam no Ocidente. A obra discute os seguintes temas - O Paraíso é onde estou; O reino do insípido ou a invenção da banalidade; A burguesia ou a abjeção do bem-estar; A infelicidade está fora da lei? (Resenha Saraiva) Você pode ler AQUI um Ensaio de Roberto Pompeu de Toledo, sobre este livro (Revista Veja).
"A Luz da Noite", de Edna O'Brien, Editora Record.Não há amor tão forte nem sentimento mais devastador que aquele entre mãe e filha. Aos 78 anos, enquanto aguarda no hospital a visita da filha Eleanora, Dilly relembra a própria trajetória: a viagem para os Estados Unidos nos anos 1920, o primeiro amor não correspondido, o regresso à Irlanda. Eleanora chega e parte depressa, esquecendo seu diário, que mudará o rumo de suas vidas, revelando os verdadeiros sentimentos da filha pela mãe. Falei desde livro no meu post anterior.
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Um comentário:
Boas escolhas! Terá leitura por um bom tempo! Leio diariamente, mas muito pouco. Os blogs tem cada dia tomado mais tempo de leitura!
Bom Domingo, pois livros já tem!
Bjs
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